Em Viagem - Dias 19 a 22 – Santiago de Chile (29 a 01/07/2010)
Saídos de San Pedro a meio do dia dirigimo-nos, deserto fora, até Calama, desde onde voaríamos para Santiago.
A paisagem era plana, cinzenta da cor da areia vulcânica e árida até mais não, ou não fosse este o local com menos precipitação em todo o planeta.
Sentado na primeira fila do andar superior do autocarro, com vista sobre o deserto em “pal plus” decidi tentar sintonizar uma qualquer estação de rádio que por ali se alcançasse e, de preferência, que fizesse relatos do Mundial. E assim foi, lá consegui fazer a ligação ao mundo real seguindo o jogo Espanha-Portugal, de má memória por sinal.
Já era noite à hora a que chegamos ao nosso hostel em Santiago. Uma antiga mansão que mantinha todos os seus traços originais e cuja decoração simples lhe emprestava uns toques de modernidade. Tudo isto bem no centro de Santiago, a 10 minutos a pé de Bellavista ou Lastaria e a poucas estações de metro de uma mão cheia de outros bairros interessantes.
Santiago foi o contraste total com toda a viagem que tinha ficado para trás. Ao fim de três semanas embuídos nas culturas andinas chegávamos ao mundo ocidental, ao século XXI, a uma moderna metrópole. A cidade mais avançada da América do Sul onde vivem 6 a 7 milhões de habitantes, cerca de um terço do total do Chile.
É uma cidade deliciosa que combina modernidade com o charme dos edifícios do colonialismo e pós-colonialismo. Nos bairros do centro, como Bellavista, Bario Brasil ou Lastaria encontramos ruas preenchidas de edifícios de 2 a 3 andares numa combinação de estilos Europeus. Não só Espanhol como Inglês, Francês ou Germânico.
Depois há os modernos arranha céus que nos seus vidros espelham os monumentos e os Andes com os seus picos cobertos de neve.
Eles são a imagem de marca de Santiago. Contornam a cidade mantendo-se à vista a partir de qualquer ponto onde estejamos.
A não perder em Santiago, para além da visita aos bairros mais tradicionais, o Cerro San Cristobal, de onde temos vistas fantásticas sobre toda a cidade, e o Cerro Santa Luzia, localizado bem no centro e que do alto dos seus belos jardins também proporciona vistas de eleição. Depois há ainda para explorar as zonas mais modernas e ricas como Las Condes e Providência.
Santiago é uma cidade para se viver e não para fazer checklist de marcos turísticos.
Sentir Santiago é descer as suas enormes avenidas, passear nos seus pitorescos bairros, frequentar a infindável oferta de cafés, bares e restaurantes. Uns más tradicionais outros mais trendy. Os cafés, por exemplo, são tão agradáveis que dá vontade de parar em todos!