Em Viagem - Dia 4 - Vale Sagrado (14/06/2010)
O segundo dia em Cusco ficou dedicado a visitar o Vale Sagrado dos Incas.
Cusco era a capital do Império Inca. Aliás o seu nome original Qosq'o significa "centro". Era o centro do império, ou do Mundo como alguns relatam.
Era em Qosq'o que o Rei Inca vivia. Ou seja, contrariando as ideias pré-concebidas que trazemos, os Incas não tinham nenhum fetiche especial por viver nas montanhas pois a capital era num vale.
As cidades Incas que encontramos à volta de Cusco teriam propósitos sobretudo agricolas ou outras cracterísticas especiais.
Saímos cedo para manhã para visitar o sitio inca de Pisac e mais tarde de Ollantaytambo.
Nenhuma das cidades era muito povoada, ali viviam sobretudo agricultores.
Em comum existem sempre os terraços que se destinavam a plantações, cada um com micro-clima diferente e onde desenvolviam diferentes culturas.
Depois a zona habitacional e, muito importante, a componente religiosa com diversos templos. Sempre com engenhosos sistemas de engenharia, drenagem e transporte de água.
Impressionante é pensar como eles faziam para cultivar naqueles terraços quase no topo de uma montanha, de dificil acesso e depois faziam o transporte para outros locais, nomeadamente para a capital.
Imaginem que em Ollantaytambo a cidade ficava numa montanha e os armazéns na montanha em frente, muito prático! O motivo tinha a ver com questões de humidade e ventos que promoviam uma melhor preservação dos bens armazenados.
No vale abaixo ainda vive uma comunidade Queshua.
Pelo caminho ainda passamos por outros locais como Urubamba e Chinchero e podemos ver como estas comunicades descendentes dos Incas ainda usam alguns processos ancestrais e 100% naturais para fazer sabão, novelos de lã de alpaca e tingimento dos tecidos.
Na viagem fizemos amizade com um Filipino que vive nos EUA que se juntou a nós para um jantar em que provamos algumas especialidades locais:
- Rocoto relleno (pimentos recheados)
- Lomo de alpaca (carne de alpaca)
- Cuy chactado (porquinho da india assado)
E, claro, umas cusqueñas para acompanhar.
Quanto ao Cuy, é uma experiencia! Mas o sabor não é semelhante a nada que eu conheça. E não é bom nem é mau!
Coitadinho do Cuy
ResponderEliminar