sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dia 2 - Paracas e Nasca

Em Viagem - Dia 2 - Paracas e Nasca (12/06/2010)

Lima ficou vista no primeiro dia. Ficaram a faltar apenas as zonas novas e supostamente mais "trendy" de Miraflores e Barranco.
Digamos que se Lima fosse o Rio de Janeiro (que não é!!!), essas zonas seriam Ipanema, talvez.
Assim sendo optamos para aproveitar o segundo dia para ver algo que tinha ficado fora do plano inicial: as linhas de Nasca.

Foi um dia muito muito comprido pois Nasca fica a cerca de 6 horas de Lima.
Apanhamos o autocarro da Cruz del Sur em Lima às 4h00 da manhã e pelas 8h00 chegamos a Paracas onde fizemos um passeio de 2 horas de barco para ver as Ilhas Ballestras.
Estas ilhas desertas por humanos pode dizer-se que são sobrepovoadas por aves. Ali podemos observar diversos exemplares de diferentes espécies e também os leões marinhos que de vez em quando se deixam ver.
No caminho de barco podemos observar também uma figura esculpida numa encosta à beira mar que se crê ser contemporanea das figuras de Nasca: O candelabro ou cacto.

Voltamos à estação de autocarros e, por entre planicies de uma aridão absoluta sempre com os Andes a acompanhar-nos ao fundo, seguimos para Nasca e para o aerodromomo local.
A melhor forma de ver as linhas é sobrevoa-las de avioneta e foi o que fizemos.
E mais seguro não podia ser! Apenas 2 ou 3 dias antes uma das avionetas tinha sido sequestrada por um grupo de traficantes que se fez passar por turistas.
Eu quase ficava em terra porque não tinha o passaporte comigo, apenas uma fotocópia.
Se depois de fazer 6h de camioneta e ter outras tantas pela frente no final não me deixavam voar ia ficar um bocadinho chateado. Ai ia ia....

Mas digo-vos, esta aventura põe à prova os estomagos mais resistentes...
Assim, lá do alto, observamos aquelas linhas e figuras misteriosas que uns dizem ter sido feitas por extra-terrestres e outros pelo povo Nasca como oferenda aos Deuses, que de lá de cima as pudessem comtemplar.
São impressionantes de facto e a questão "como é que é possivel terem feito estes desenhos naquele tempo e sem ser possível ter uma visão geral ao nivel do chao?" permanece.
A sua durabilidade passados séculos é explicável pela aridez imensa da zona em que chovem apenas uns milimetros cubicos por ano em média.

Depois, foi correr de volta para o autocarro e chegar a Lima pelas 23h30.

Mas os autocarros da Cruz del Sur são altamente recomendáveis. As cadeiras são quase sofás, grandes, confortáveis, altamente reclináveis e ainda nos serviram pequeno almoço e jantar. Muito bom!

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